Quanto vale a Vida

Quanto vale a vida de qualquer um de nós?
são segredos que a gente não conta
são contas que a gente não faz
?às sete da manhã, quanto vale a vida
depois da meia-noite, antes de abrir o sinal?
são segredos que a gente não conta
(faz de conta que não quer nem saber)
?quanto vale a vida longe de quem nos faz viver?
?quanto vale a vida?
nas garras da águia
nas asas da pomba
são coisas que o dinheiro não compra
(Quanto vale a vida-Engenheiros do Hawai)
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Vive-se com medo da simplicidade e é bem preferível, na maioria das vezes, viver de muitos quando se desconhece a intensidade e o preço do simples. Falar de simplicidade não fica somente de portas abertas àqueles mais velhos. As janelas abrem-se para crianças, jovens e adultos. Muitos carregam consigo a simplicidade. Entender o sentido do simples é reconhecer este sentimento tão especial. É ir além de janelas...abrir portas!
Ficaria muito extasiada e seria plausível se vidas fossem tomadas pela busca da simplicidade, aquela escondida nas entranhas do medo.Plausível se esta busca não fosse encontrada somente em um dia de Domingo, em um feriado, num dia festivo ou quando a vida encontra-se no fim...
Mascarar os desejos mais oriundos do coração e viver cercado por este medo, é morrer um pouco a cada dia (tipo um conta-gotas quando libera pequenas doses amargas) . Vive-se na preferência de ignorar o desejo do simples. O simples não é fácil. É muito mais difícil do que experiências materiais.
Não costuma-se descobrir o que há por trás da janela do quarto e admirar a paisagem que acorda e adormece com você .Volto a dizer que é preferível agendar uma viagem em busca de paisagens exóticas.
O sentimento especial está ao lado e olhar além da janela é o maior medo. Medo de viver?
Entregar-se e experimentar diariamente o simples, não é deixar de vestir uma roupa bonita e/ou confortável, ou deixar de tomar um banho relaxante no chuveiro elétrico,abandonar o emprego, esquecer aquela viagem agendada. É saber que todos os dias temos um sol latente ou uma chuva serena lá fora-algo de Deus, saber que somos únicos e inteiros e que isso nos basta para que sejamos a diferença sem precisar prejudicar qualquer ser humano, saber que em qualquer situação a humildade poderá ter vida; é perceber as cores, os diversos tons de azul que há no céu bem acima do prédio em que você trabalha. É reconhecer que logo mais no fim do dia, o mesmo céu ficará em tons alaranjados e bastará isso para você pegar seu filho na escola e antes de uma janta no repetido passeio do shopping, levá-lo para sentir a areia da praia, empinar pipa com ele e ,ali , deixá-lo descobrir a diferença entre o lazer e o viver...
Que viva-se do simples e que este deixe de ser um medo, um segredo.
Que seja uma forma de viver!
Sandra Duarte.

3 bilhetinhos deixados no baú:

kbritovb disse...

mto bom msm parabéns

Sirley disse...

Então, que tal a simplicidade de um cafezinho no fim da tarde? Vou esperar que você confirme.
Ah! Parabéns pelo texto. Beijos.

Sandrinha disse...

Obaaaa...cafezinho!=) Abriu um café lá perto do escritório...vamos!?Atravesse a ponte...kkkkk
bj

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